Esportes
“Quero ser o treinador que levou o Bagé de volta para a primeira divisão”, afirma Claiton
por Yuri Cougo Dias
Com a promessa de ser um ambiente diferente do que foi no segundo semestre de 2020, o ex-volante Claiton vem focado para fazer o melhor possível no Bagé, para a Divisão de Acesso. Durante a apresentação na manhã de terça-feira (6), ressaltou o planejamento que foi feito ainda em fevereiro, bem como a participação de um colegiado, formado por diretores e comissão técnica, para escolha dos jogadores.
Após a eliminação precoce na Copa FGF, Claiton esteve reunido com diretor para expor situações que ele considerou erradas. Entretanto, tomou tal atitude sem ter certeza se permaneceria ou não para 2021. Dias depois, o ex-presidente Rafael Alcalde lhe procurou, em Porto Alegre, para conversar. E foi aí que decidiu voltar para o Pedra Moura. “Tinha duas propostas para o Acesso e uma fora do Rio Grande do Sul. Falei que se queriam eu voltaria, pois gostaria de ser o treinador que levou o Bagé de volta para a primeira divisão. As pessoas que trabalham aqui é muito mais pelo amor do que pela parte financeira, e isso me apaixonou. Na Copinha tinha alguns empresários que impuseram jogadores. Dessa vez, montamos uma equipe que tem consenso todos, e o legal que isso divide a responsabilidade”, argumenta.
Nisso, Claiton revela que priorizou atletas que se identificassem com os objetivos do clube. “Será um grupo com muito empenho, coisa que faltou na Copinha. Muitos jogadores tinham outros convites, mas vieram para cá, pelo interesse de trabalhar comigo. Como atleta, sempre fui líder e um cara muito ouvido, além de gostar da parte tática e conversar com diretores e treinador. Quando encerrei a carreira, fiz cursos de treinador no Rio Grande do Sul e na CBF; estagiei com treinadores renomados e, também, cursos de gestão de pessoas e coach. É importante entender as pessoas, pois, no futebol, se comanda 30 jogadores. Desses, 11 jogam, três ou cinco entram e o resto não joga. Então, precisa administrar isso, fora a relação com comissão técnica, imprensa e clubes. Daremos o máximo, podem ter certeza”, ressalta.
Esse é o mesmo tom de discurso que o presidente Fernando Figueira adota. “Prazer enorme sair da arquibancada para virar presidente de um clube centenário. O Claiton foi prejudicado por alguns fatores; dessa vez, escolhemos um grupo a dedo. Para se ter noção, tinha jogador contratado desde março. Agora, peço o apoio do torcedor, comprando produtos, se associando e se engajando na campanha da Calçada da Fama”, enfatiza.
Dentro desse processo também há a participação do Gerente de Futebol, Marcelo Silveira. “Esse planejamento está sendo feito há oito meses. Tive participação em algumas contratações e vejo com muito bons olhos. Sabemos que o Bagé é um clube de muita força, então, o trabalho será minucioso. Claiton decidiu ficar no Bagé para mostrar, totalmente, o trabalho que está enraizado no seu DNA”, destaca.
Uma novidade repentina foi a troca do preparador físico. Anunciado antes, Wagner Ellwanger assumiu a coordenação da base do Grêmio. Para o seu lugar, veio Rafael Barbosa, que estava no futebol baiano e foi preparador físico do próprio Claiton, quando era jogador. “Já tínhamos interesse em trabalhar juntos, mas faltava oportunidade. Queria ficar mais perto da minha família e, também, o convite de alguém que reconheço a capacidade profissional. Sabemos que a competição que exige muita entrega física, normalmente, as equipes possuem muita força. Com certeza, o grupo corresponderá o trabalho que implantaremos”, conclui.