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Nascemos homem e o que nos torna humanos é a cultura

Em 29/06/2021 às 00:46h

por Redação JM

Nascemos homem e o que nos torna humanos é a cultura | Urcamp | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Imagem: Reprodução /Marcelo David Pereira

por Liliane Idalgo Pinheiro

Acadêmica de História da Urcamp

 

Eu sei, eu sei... Você deve ter ficado curioso com esse título, né? Calma, que eu explico! Biologicamente todos somos iguais, havendo, é claro, as diferenças fenotípicas. A diversidade humana resulta da cultura. Todos nós já ouvimos falar em cultura, certo? Sabemos que na cultura estão inseridos elementos característicos de uma sociedade, como idioma, culinária, costumes, religião entre outros. Mas você já ouviu falar sobre endoculturação?

Em artigo escrito pelo doutor em antropologia social, Rodrigo Ramassote, dedicado ao estudo da obra de Melville Herskovits, antropólogo americano, relata que, este autor, delineia a definição de enculturação e aculturação a partir de 1948, em seus estudos antropológicos. A enculturação é o processo de aquisição da própria cultura desde o nascimento, esse método transmite seus próprios comportamentos, valores e práticas para a próxima geração. No momento em que nascemos começamos a assimilar e “imitar” uma série de sons, gestos e expressões que nos são apresentados pela sociedade na qual estamos inseridos, e esse processo é chamado de endoculturação ou enculturação.

O homem pouco possui de inato, suas características são construídas através de experiências baseadas no meio em que ele vive. Nosso modo de andar, rir, comer, falar, nosso comportamento e crenças derivam de um padrão cultural. E nesse processo cultural podemos identificar a endoculturação sistemática e a assistemática.

Segundo as autoras Cássia Assis e Cristiane Nepomuceno, a endoculturação sistemática se dá através de mecanismos ou instituições que se utilizam de processos formais para transmitir o conhecimento. Vamos usar como exemplo o batismo na igreja católica. Quando um indivíduo nasce em uma família que segue a religião católica, ele é batizado ainda na infância, ele não escolheu ou procurou esse ritual ou essa religião, mas foi levado através dos costumes daquela família que vive naquela comunidade, espelhando assim um processo hereditário, pois, muito provavelmente, seus pais, padrinhos e entes mais próximos tenham passado pelo mesmo ritual do batismo.

Ainda com base em Assis e Nepomuceno, a endoculturação assistemática acontece quando o individuo adquire determinada capacitação através de experiências do seu dia a dia, sem que haja uma sistematização do conhecimento alcançado. Nesse caso vamos usar um exemplo típico da nossa região, o peão de estância. Essa profissão que é essencial para quem atua no campo, se baseia no aprendizado que é passado de geração a geração, o conhecimento é transmitido através da vivência, não utilizando assim, uma cartilha ou curso técnico que capacite para essa profissão. O trabalho é aprendido na prática, levando em consideração a orientação e a reprodução das lidas campeiras.

Vemos nesses exemplos que a cultura, mais especificamente a endoculturação, rege o nosso – modus vivendi – modo de viver, e isso pode ir se modificando através dos tempos, locais, instituições, organizações e pessoas com quem convivemos. E através desse processo conclui-se que nascemos homens, mas é a cultura que nos torna humanos.

 

 

 

 

 

 

 

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