Campo e Negócios
Intensificada captura de morcegos causadores da raiva herbívora
por Redação JM
Os municípios de Santo Antônio das Missões, Guabiju, Sertão Santana e São Lourenço do Sul registraram novos focos de raiva herbívora. A Secretaria da Agricultura emitiu um alerta sanitário na última semana (24) sobre o aumento do número de casos - próximo da Campanha gaúcha, apenas Caçapava do Sul teve registros. De janeiro a junho de 2021, o Programa de Controle da Raiva Herbívora contabilizou 21 focos de raiva em 17 municípios, contando estes últimos registros, e uma possível evolução de focos em mais 28 cidades.
De acordo com o coordenador do Programa, Wilson Hoffmeister Júnior, os oito núcleos de controle da Secretaria estão em alerta e verificando as notificações diariamente para identificar e capturar os morcegos hematófagos, causadores da raiva herbívora e que atacam principalmente o rebanho. Wilson está desde segunda-feira (28) em Palmitinho verificando alguns refúgios na região que já foram vistoriados pelos servidores das inspetorias e um foco já foi identificado.
“A maior incidência de casos neste ano se dá na mesorregião de Ijuí, na fronteira com a Argentina, envolvendo os municípios de Garruchos, São Nicolau, Pirapó e Santo Cristo. E também há registro de focos na região de Guaíba, envolvendo os municípios de Sertão Santana, Mariana Pimentel, Canguçu e São Lourenço”, destaca Hoffmeister Júnior.
Cuidados básicos
De acordo com o fiscal estadual agropecuário José Vitor Piazer, de Jaguari, que faz parte da equipe de Controle de Raiva Herbívora desde 2018, nesta época do ano é mais comum o aumento do número de casos. “Os morcegos costumam migrar neste período, procurando novos refúgios, que garantam um abrigo melhor, com temperaturas mais amenas e com água, para sua sobrevivência”, destaca. E eles podem se instalar em qualquer lugar: cavernas, fornos de fumo, casas abandonadas, árvores ocas e bueiros de ferrovias e rodovias.
Piazer diz que desde 2015 o município de Jaguari não registra novos focos. Segundo ele, isto se deve principalmente ao controle da população de morcegos e à vacinação. A vacina contra a raiva não é obrigatória, mas é eficiente no combate à raiva. O produtor deve aplicar uma dose e depois de 21 a 30 dias o reforço.
As notificações de suspeita de raiva no rebanho também aumentam nesta época. Só nesta segunda-feira (28), Piazer atendeu duas notificações de produtores: uma em Jaguari, que não se confirmou, e outra em Nova Esperança.
As principais recomendações para os pecuaristas são: não tentar capturar os morcegos por conta própria e comunicar imediatamente a localização destes refúgios à Inspetoria ou ao Escritório de Defesa Agropecuária do seu município.