Região
Usina de Biogás começa a operar no Aterro Sanitário de Candiota
por Jaqueline Muza
Uma usina de biogás instalada no aterro sanitário de Candiota, de responsabilidade da empresa Meioeste Ambiental, entrou em funcionamento em março deste ano. Com isso, o lixo produzido por 30 municípios da Metade Sul, incluindo Bagé, começou a resultar na produção de energia elétrica.
As instalações estão dentro de uma área de mineração integrada com o aterro, que completou 10 anos de funcionamento. A usina está produzindo energia em parceria com a empresa Figueira Energia e, com essa união das duas empresas, 100% do biogás gerado pelo aterro sanitário está sendo transformado em energia elétrica, trazendo benefícios, também, para o Meio Ambiente.
De acordo com o supervisor de operações da Meioeste Ambiental, Gesiel Silveira, o Aterro Sanitário tem a capacidade de operar com até mil toneladas por dia. E a atuação de momento gira em todo de 800 toneladas dia. Ele salienta que a unidade tem equipamentos adequados para atender a demanda de serviço, desde o transporte, destinação final, compactação, drenagem e extração do Biogás. Segundo Silveira, o gás gerado pelo Aterro é encaminhado para uma estação de geração de energia instalada dentro da unidade. O supervisor informa que o investimento foi de aproximadamente R$ 18 milhões. “Estamos gerando 35 empregos diretos com a usina e aterro”, disse.
Conforme o gestor de geração da Figueira Energia, Sérgio Gonçalves, a principal atividade é a geração de energia elétrica através do biogás gerado pelo Aterro da Meiooeste. Ele ressalta que, na atualidade, a usina está produzindo uma vazão de mil metros cúbicos/hora de biogás, gerando 1,8 mil quilowatts/hora (kWh) com dois geradores. "A meta é chegar com a vazão de 1,8 metro cúbico/hora e gerar dois mil kWh”, destaca. A energia produzida será interligada ao sistema nacional, com capacidade para atender até 20 mil pessoas.
De acordo com Gonçalves, o biogás é resultado da fermentação anaeróbica (em ausência de oxigênio ou de ar) da biomassa (neste caso, os resíduos descartados no Aterro). “Além de produzir energia elétrica, o trabalho consiste em proteger o Meio Ambiente, pois a principal matéria-prima, que é o biogás, é proveniente dos resíduos domiciliares gerados por cada residência”, ressalta.
A planta da atual usina conta com aproximadamente 11 quilômetros de tubulações, distribuídos em 52 poços instalados junto ao Aterro, e todo o gás produzido pela decomposição lixo é canalizado até a usina.