ELLAS
Museu Dom Diogo guarda a memória e a história de João Manuel Budó
por Viviane Becker
O Museu Dom Diogo recebeu, no mês de maio, o mês dos Museus, uma significativa doação da família Budó. O acervo já guardava relíquias que pertenceram ao General Aluízio Budó e, agora, também preservará a memória do seu pai, João Manuel Budó. A doação foi feita por Teresa Budó, a qual a equipe do Museu agradece imensamente pelo ato. "Nossa família tem o hábito de fazer doações ao Museu. Acredito que é importante para que no futuro todos possam ver as mudanças que ocorreram com o tempo", argumentou a filha caçula de João Budó.
João Manoel Budó
Nascido em Lavras do Sul em 13 de julho de 1890, filho de Sebastião Budó e Maria da Conceição Cachapuz Budó, veio ainda menino para Bagé, onde iniciou seus estudos que prosseguiram em Pelotas. Cursou Odontologia na faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Depois de exercer a profissão de Cirurgião Dentista, formou-se também na Faculdade de Direito de Pelotas, tendo militado no fórum de Bagé durante um longo período. Foi membro do Conselho Municipal de Bagé em 1914 e 1917. Eram hoje os chamados vereadores, porém não recebiam proventos, como relembrou a filha Teresa. Budó foi reeleito em 1920. Também foi juiz municipal, adorava contar que realizou o casamento do presidente Emílio Garrastazu Médici com Scylla Gaffrée Nogueira Médici.
Budó foi figura de destaque nas hostes do Partido Republicano, tendo participado de vários movimentos revolucionários, ocorrido no país. Foi casado com Laura Babot Budó, teve os filhos Talita, Isaura, Murilo Edgar, Athos Aramis, Aluísio Bolívar e Teresa. Foi conferencista e membro da Ordem dos Advogados do Brasil tendo presidido a subsecção de Bagé na década de 40.
Legenda
Imagem extraída do site da OAB Bagé da galeria de imagens de ex-presidentes. João Manoel Budó presidiu a entidade na gestão 1943/1944