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ELLAS

Não queremos rosas, queremos respeito e igualdade...

Por Janine Pinto, Estilista e Pretensa escritora nas horas vagas

Em 13/03/2021 às 00:12h
Viviane Becker

por Viviane Becker

Não queremos rosas, queremos respeito e igualdade... | ELLAS | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ser mulher é uma benção e, ao mesmo tempo, uma maldição. Temos superpoderes, isto é fato. Por exemplo, conseguimos fazer múltiplas tarefas ao mesmo tempo. Quem não pintou a unha, falou no celular, deu bronca no filho, tudo junto?

Outro superpoder é o da intuição. Não sei bem de onde isto vem, mas o fato é que intuímos as coisas antes de acontecerem, e isto não sei porque é exclusivamente do sexo feminino. Mas falando sério, nos salva de muitos perrengues.

Temos o poder de engolir o choro, a raiva, diferentemente dos homens que em qualquer situação mais difícil estouram como uma bomba, já apelam, são irracionais, partem para a agressividade, isto é o tal equilíbrio, o mesmo que nos faz deslizar em um salto altíssimo como se andássemos de chinelo, e quando o joanete aperta ainda sorrir.

Talvez tenha algo de sagrado em nós, afinal somos as mães do universo. Se Deus deu para nós a missão de gerar vida, a mais importante missão, é porque compreendeu que só com a força feminina conseguiríamos tal feito. Não é dar à luz, o que já é bem complicado, mas criar um filho, adivinhando dia a dia seus temores e dores, não é moleza. Deve haver algo de divino em nós que conseguimos ser mães leoas e fêmeas amorosas, ao mesmo tempo.

Somos grandes em nossas lutas, cuidamos de tudo, da casa, do trabalho, dos pais, dos filhos, dos amigos, damos conselhos, somos boas na cozinha, na organização, poderosas sem alarde.

Mas ainda há quem nos subestime e diga com desdém - “isto é coisa de mulher”, sim tudo isto é coisa de mulher. Ser múltipla em suas tarefas, ser guerreira a despeito da nossa pouca força física, ser incansável multiplicando as horas do dia, ter jornada tripla sem reclamar de nada, acabar o dia ainda sorrindo, fazer jantinha, colocar o filho na cama, ouvir as reclamações do marido, passar demaquilante, e ir dormir com um olho aberto sempre.

Na luta pela igualdade de gênero, estamos conquistando a passos lentos alguns avanços, mas ainda há muita discriminação, em todas as áreas. Hoje a mulher tem um papel preponderante na sociedade, mas não temos voz como tal, falta representatividade, o que nos enfraquece sobremaneira. Somos discriminadas apenas por sermos mulheres, temos sofrido abusos por décadas, sem leis que nos protejam, em uma sociedade iminentemente machista, onde a força bruta vale mais que o intelecto.

Muitas de nós, que tivemos uma criação diferente, prontas para assumir seus papéis diante da sociedade, enfrentamos abusos de todas as espécies, precisamos diariamente enfrentar com bravura estes abusos, e isto cansa!

De outro lado, temos as mulheres que, em pleno séc. XXI, continuam reproduzindo comportamentos de suas avós e bisavós, servindo como objetos para os homens, se mostrando frágeis e inferiores, em uma busca cega pela beleza física, esquecendo-se da intelectual, o que francamente nos coloca em desvantagem.

Queremos nosso lugar, queremos ser compreendidas pelo nosso valor, pela nossa multiplicidade, remuneração igual ao sexo oposto, divisão de tarefas iguais, queremos exercer nossa feminilidade a pleno, sem ser acusadas de mimimi. Queremos estar em todos os lugares, em papéis destinados até então aos homens, queremos liderar, nos apoderar do que nos é de direito e nos foi negado, em uma sociedade injusta.

Viemos ao mundo para gerar, gerar grandes homens,  gerar empatia, solidariedade, força, beleza, transformação, somos lindas em nossas diferenças. Agora só falta você, colega, que está aí em um cantinho desolada se achando menos. Força na peruca, na careca, no cabelão, bora lá, vamos à luta, bota o teu bloco na rua, não te micha, o mundo é teu, arregaça as mangas e busca o teu lugar! Tem que ser muito fêmea, pois o caminho é árduo. Se gritarem, grita mais alto, se te passarem rasteira, te equilibra, levanta e segue em frente.

Talvez ainda não tenhamos o mundo que desejamos para nossas filhas, mas repensando e não reproduzindo antigos pensamentos discriminatórios, aos poucos, vamos ensinando a nova geração que nós mulheres podemos tudo, não com sorrisinho e decote e roupa apertadinha, mas usando a cabeça, estudando, lendo, sendo questionadoras, criticas, buscando o nosso espaço. Por isso, só hoje, não queremos rosas e bombons, queremos respeito, igualdade e reciprocidade.   

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