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Segurança

Homem é sentenciado a 19 anos de prisão pelo assassinato de Duda Laif

Em 05/04/2024 às 21:30h
Rochele Barbosa

por Rochele Barbosa

Homem é sentenciado a 19 anos de prisão pelo assassinato de Duda Laif | Segurança | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Rochele Barbosa

Rogério Marques, de 41 anos, foi condenado a 19 anos e seis meses se prisão em regime fechado, pelo assassinato, em janeiro de 2021, em um terreno baldio localizado na Rua Vinte de Setembro, da mulher trans Duda Life, no julgamento realizado nesta sexta-feira, dia 5, no Fórum de Bagé. 

Segundo a denúncia do Ministério Público, na ocasião, o denunciado dirigiu-se à praça da antiga Estação Rodoviária, onde manteve contato com a vítima, que fazia ponto no local, contratando-a para realização de um “programa”, mediante pagamento. De acordo com a asucação, em ato contínuo, ambos deslocaram-se até um terreno baldio, onde a vítima e o acusado praticaram relações. Na sequência, o denunciado, após desacerto relativo ao valor, "desferiu múltiplos golpes com instrumento corto-contundente (barra de ferro) na cabeça da vítima", que apontou como causa mortis “traumatismo crânio encefálico”.

O delito, frisa o MP, foi praticado por motivo fútil, oriundo de desacerto relativo ao valor pelo “programa”, motivo ínfimo e desproporcional para reação tão brutal e violenta. O crime foi praticado, ainda, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, a qual, desarmada, foi surpreendida e atacada pelo denunciado, que lhe desferiu múltiplos golpes com instrumento corto-contundente (barra de ferro) na cabeça, dificultando qualquer reação defensiva. "Ademais, o crime foi cometido contra mulher transgênero, com menosprezo e discriminação à condição de transexual da vítima", acrescenta a denúncia.

Testemunhas

Foram ouvidas três testemunhas de acusação: três policiais civis que fizeram parte da investigação do caso, dois deles da Primeira Delegacia de Polícia Civil, responsável pelo inquérito, e um da Segunda Delegacia, que atuou no local de crime, antes de saber qual a origem da investigação.

Segundo um deles, as investigação começaram no dia 8 de janeiro, quando a equipe teve acesso a um vídeo do Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA), onde aparecia a vítima e o réu se dirigindo para o terreno onde o corpo dela foi encontrado. “Na imagem, ele aparecia apenas de costas e não tínhamos mais informações sobre o caso. Apenas em março, após dois meses, quando a 2ª DP encontrou a autoria de outro homicídio ocorrido no Passo das Tropas, onde uma senhora idosa foi morta, degolada e teve as mãos amputadas, que conseguimos identificar o réu”, contou.

O agente salientou o trabalho do comissário de polícia que estava na investigação, que quando foram cumprir o mandado de prisão do réu, na casa de uma irmã dele, teve a perspicácia de mostrar o vídeo. “Na verdade, fomos cumprir o mandado e, ao conversarmos com a irmã dele, ela falou que ele era conhecido e andava sempre vestido com pilchas. Foi então que o comissário pediu para eu mostrar o vídeo e ela de pronto reconheceu ele, dizendo que era o irmão dela, o réu”, explicou. A testemunha ainda reforçou que não acreditava que a motivação teria sido um desacordo comercial e sim com conotação sexual, pois ambas as vítimas foram encontradas nuas e agredidas de forma brutal e violenta.

Por sua vez, o comissário reforçou que lembrou da imagem e pediu para mostrar. “Assim, resolvemos o caso, pois não tínhamos imagem do rosto dele. Com essa prisão, resolvemos as duas mortes”, ressaltou.

Já o policial da 2ª DP informou que chegou ao local do crime e que viu o corpo da vítima. Disse que o réu apenas confessou em um segundo depoimento. "Pois ele sabia que tínhamos visto as imagens e sabíamos que havia sido ele. No primeiro depoimento da morte da Duda Laif, ele negou que teria matado ela. Mas como tínhamos já a prova da morte da vítima Bernardete, em março, conseguimos fazer com que ele confessasse a autoria da morte da Duda. Ele falou com frieza, bem tranquilo, ainda disse que havia já feito programas com ela anteriormente, negou que tivesse sodomizado a vítima com o galho, mas falou que agrediu com um ferro na cabeça”, completou.

Réu

O réu começou dizendo que não matou a vítima e afirmou que apenas haviam brigado. “Eu briguei com ela, discutimos e ela veio me agredir com um ferro. Daí eu consegui pegar e bati e depois saí de lá, não fiz nada disso que tão falando, que havia pegado um galho”, contou.

O acusado ainda destacou que era a primeira vez que saia com Duda. "Discutimos pelo dinheiro. Só conhecia ela da praça, então a gente brigou e eu sai de lá. Ela ficou lá no chão, eu tava com uma sacola com cachaça na mão”, finalizou.

Apesar das declarações, ele foi considerado culpado pelo Júri.

 

 

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