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Saúde

Saúde mental na adolescência

Em 30/03/2024 às 06:55h
Giana Cunha

por Giana Cunha

Saúde mental na adolescência | Saúde | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: divulgação Fiocruz

Quem ainda não se perguntou e traçou comparativos sobre as características da geração atual de jovens e adolescentes?

Para que a gente se situe, historicamente, os estudos realizados em relação a essa fase da vida são recentes, do século XX. Essa fase da vida antigamente não existia, da infância se passava diretamente para a fase adulta, pulando a adolescência.

De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia da Urcamp, professora Silvia Vargas, que orientou o trabalho da formanda Stéfani Romero, no trabalho sobre saúde mental na adolescência, entre os pontos levantados pela acadêmica, o adolescente, por vezes, vivencia luto pela infância que acabou. As transformações contínuas, tanto no corpo como na mente, e nos desafios da vida, acabam gerando conflitos, angústia e ansiedade.

De acordo com Stéfani, "essas mudanças intensas do período, são chamadas de ‘despersonificação’”. Os reflexos dessas alterações físicas, cognitivas, sociais e comportamentais, promovem alterações em situações que até eram familiares. As dúvidas oscilam entre o seu eu antigo – criança e seu novo eu – adolescente. Isto sem levar em consideração a expectativa do futuro. E esse é um dos pontos geradores de ansiedade e depressão.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cérebro do adolescente é diferente do adulto e, por ainda estar em desenvolvimento, não tem condições neurológicas plena de compreensão. Assim, acaba ficando confuso em relação a esse emaranhado de sentimentos e adaptações.

Casos de automutilzação e autolesão são cada vez mais frequentes e os estudos buscam compreender o porque deste comportamento. De acordo com a acadêmica, a automutilação pode surgir por diferentes fatores: como um sinal de ideação suicida, necessidade de autorreconhecimento, elo entre o adolescente a um grupo social, manifestação física de um sofrimento psíquico, entre outros fatores. A automutilação e o suicídio podem estar relacionados mutuamente, mas também podem aparecer de forma e em circunstâncias separadas.

Em busca de soluções para o sofrimento psíquico, é importante inicialmente observar: o comportamento do jovem e se há surgimento de sintomas/lesões físicas. A partir daí, grupos familiares e sociais precisam agir. Se tornar presentes na vida de quem passa por este tipo de problema, ao menor sinal de mudança de conduta, que pode ser identificada pelo isolamento social, alteração ou perda de interesse por atividades que antes eram importantes, comportamentos e falas autodepreciativas, ou ainda que expressem o desejo de sumir, fatores que podem estar relacionados a auto violência, seja ela mutilar-se ou tirar a própria vida.

A procura por atendimento psicológico junto ao Serviço Escola de Psicologia Aplicada (Sepa), do curso de Psicologia Urcamp, que funciona anexo ao Hospital Universitário (HU), tem monitorado os registros que estão diretamente ligados à autolesão, automutilação, ideação e tentativa de suicídio na adolescência e os números são significativos.

Conforme o estudo, existem diferentes formas de procurar ajuda para compreender melhor essa fase e essas questões tão sensíveis. O acompanhamento psicológico, através da terapia, com profissional especializado, é o primeiro passo para que se inicie o processo de cura. Além disso, relacionamentos sociais saudáveis e informação também dão suporte aos familiares para que o adolescente enfrente com coragem essa fase de conflitos.

A acadêmica lembra que a adolescência é um fenômeno social e todos passaram ou passarão por ela, com mais ou menos conflitos. O tema é sensível e essa sensibilidade deve ser aplicada na forma com que olhamos para essa fase, como acolhemos os adolescentes ou como acolhemos nossos conflitos na adolescência. É importante que observemos os sinais e compreender que é necessário falar sobre este assunto.

 

Dica de leitura

IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO PREVENTIVO, escrito por 4 alunas da Urcamp (Stéfani Machado, Larissa Franck, Marina Melo e Andrine Gogia), orientado pela Coordenadora do curso Sílvia Vargas. Está disponível gratuitamente na internet.

AUTOMUTILAÇÃO E IDEAÇÃO SUICIDA: UM DRAMA DA ADOLESCÊNCIA NA ATUALIDADE, escrito pela aluna Stéfani Machado e a coordenadora do curso Sílvia Vargas. Também disponível na internet, gratuitamente.

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