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Saúde

A importância dos cuidados preventivos com a Dengue

Em 26/02/2024 às 07:55h
Giana Cunha

por Giana Cunha

A importância dos cuidados preventivos com a Dengue | Saúde | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
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Foi-se o tempo em que o calorão e a chuva eram os principais pontos de preocupação para a proliferação de mosquitos. Se antes o Rio Grande do Sul, por conta do clima, não integrava a lista de estados brasileiros com alta incidência de focos de Aedes Aegypti e registros de casos de dengue, agora a situação é bem diferente.

Até 2021, os especialistas conseguiam traçar o perfil de casos da doença, mas agora ela deixou de ser sazonal e começou ser contínua. Só em 2024, o Estado já registrou mais de 5 mil e 600 testes positivos. A maioria do registros atinge pessoas com entre 20 e 29 anos, um total de 747 casos até agora no Rio Grande do Sul.

A Divisão de Vigilância Epidemiológica do Estado aponta que, pelo menos, três fatores têm contribuído para o aumento dos números: questões comportamentais, como as causadas pela pandemia de coronavírus, questões climáticas e os tipos de dengue que circulam atualmente.

No apontamento, o aumento significativo de registros em 2022 estariam relacionados em razão das equipes, tanto de assistência, quanto de vigilância, estarem muito focadas na questão da pandemia. Por conta do distanciamento social, a fiscalização ambiental e das casas, por exemplo, acabaram comprometidas. A própria população, além do poder público acabou voltando a atenção para a Covid-19 e relaxou os cuidados com a dengue e com criadouros do mosquito.

O clima também tem relação direta com a explosão de focos. 2023 foi atingido em cheio pelo El Niño. Especificamente a partir de setembro, chuvas intensas, diversos municípios em situação de calamidade e por consequência, muitos destroços, criaram o ambiente favorável para o desenvolvimento do inseto transmissor da doença. O inverno com temperaturas mais elevadas também contribuiu para o cilco de reprodução do Aedes.

Os números indicam que o período de alta da doença tem ficado mais longo com o passar dos anos. E mesmo que menos intensa do que nos meses de alta temperatura, desde 2022, a dengue passou a estar presente nos períodos mais frios do ano.

A Vigilância Epidemiológica do RS reforça ainda que, atualmente, existem dois sorotipos de dengue circulando no estado o que aumenta as chances das pessoas se infectarem.

Mas o que fazer para se proteger?

A lição de casa de eliminar os criatórios, manter os ambientes livres de água parada é o primeiro passo. Instalar telas nas janelas e utilizar inseticidas também são alternativas para evitar o contato com o mosquito. Mas e o repelente? Muita gente ainda tem dúvidas sobre a forma correta de utilização, princípio ativo para cada espécie de inseto, idade adequada para o uso entre outros questionamentos. E a gente foi atrás de respostas:

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou orientações à população sobre os tipos de repelentes adequados para evitar o Aedes aegypti, que transmite a dengue, zika e chikungunya. De acordo com as instruções, apenas os produtos de aplicação na pele e os de uso no ambiente possuem eficiência comprovada. A nota destaca que: “Não existem produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada para repelir o mosquito”.

Repelentes

A dermatologista Helena Grimaldi nos traz algumas orientações sobre esses produtos que são aplicados diretamente na pele. A primeira delas é usar o produto sobre toda a pele exposta e reaplicar de acordo com os intervalos recomendados nas instruções. Seguir a indicação do rótulo é o que mantém a eficácia, então nada de aplicar em excesso, nem reaplicar em intervalos mais curtos do que os recomendados.

Helena observa que o repelente não deve ser aplicado na pele abaixo de área coberta por roupa, mas o spray pode ser aplicado sobre a roupa. Deve ser evitado o uso de repelente em áreas com lesões ou inflamadas, pois pode aumentar a absorção do produto e risco de efeitos adversos.

Sobre o tipo de repelente, a médica explica que depende da preferência da pessoa e que ser creme ou spray não interfere na eficácia. O spray é mais fácil e rápido de aplicar, tem textura mais leve sendo mais agradável em dias quentes e úmidos, e é menos pegajoso. Já o creme, por ser aplicado diretamente na pele, tem menor risco de inalação, tem efeito mais duradouro na pele, necessitando de menos reaplicação e permite uma aplicação mais precisa. Entre as novidades, no mercado também podem ser encotntrados repelentes adesivos e o gel repelente, de usos mais comuns para crianças.

A profissional alerta que ao usar um repelente, pela primeira vez, é importante fazer um teste de sensibilidade. Aplique uma pequena quantidade do produto em uma pequena área da pele e observe qualquer reação adversa, como vermelhidão, coceira ou irritação. Se não ocorrerem reações adversas dentro de algumas horas, o repelente pode ser considerado seguro para uso.

O contato do repelente com os olhos e boca deve ser evitado, assim como em áreas próximas aos ouvidos. Tomar cuidado com a aplicação próxima aos ouvidos. Para aplicar o spray na face, por exemplo, é indicado colocar o primeiro o produto nas mãos e depois no rosto.

Entre os cuidados necessários com os repelentes está o de manter longe do alcance de crianças e animais de estimação. No caso de uso combinado com filtro solar, aplicar primeiro o filtro solar e depois o repelente. Crianças e gestantes devem ter atenção especial com a utilização do produto.

Cuidados para as crianças
A médica Pediatra Denise Zandoná ressalta que as características ideais de um repelente são: repelir muitas espécies simultaneamente, ser eficaz por pelo menos oito horas,ser atóxico,ter pouco cheiro,ser resistente à abrasão e a água, cosmeticamente agradável e economicamente viável.

Atualmente, conforme a Environmental Protection Agency (EPA) os principais agentes ativos de repelentes, recomendados para uso em crianças por conta da sua eficácia e tolerabilidade são:
1-N-dietilo-3,metilo benzamida (DEET). Esse no Brasil não é recomendado para crianças menores de dois anos de idade.
2-Icardina (chamada também de Picardina ou KBR3023). No Brasil existem apresentações acima de três meses de idade. Sua eficácia contra Dengue é duas vezes maior qdo comparado ao DEET.
3-Ethylbutyllaminopropionate (EBAAP ou IR3535). Não repele mosquito da Dengue
4- O uso de óleo de citronela, consumo de alho, mosquitos coils (aparato em aspirais),Incenso e velas naturais, repelentes ultrassônicos, pulseiras embebidas em repelentes não tem eficácia comprovada em repelir mosquitos e outros insetos.

O uso de repelentes tópicos em lactentes acima de seis meses está restrito a uma aplicação por dia. Naqueles com mais de dois meses é aceitável o uso apenas em situações de exposição intensa inevitável a insetos, sempre pesando o risco e o benefício, pois apesar de ser liberado pelas agências de regulação a escassez de artigos científicos que avaliem a segurança de repelentes nessa faixa etária. Entre um e 12 anos podem ser utilizados duas aplicações ao dia e a partir de 12 anos de idade podem ser realizados duas a três aplicações por dia.
A forma mais recomendada de repelir insetos e combinar um repelente tópico, como o DEET ou a Icardina, com um dos repelentes para uso em tecidos permetrina . Então a melhor forma de prevenção e associar repelente tópico com perimetria na roupa.
Se for usar repelente e protetor solar na pele associados, é importante lembrar que a recomendação é a seguinte: primeiro aplicar protetor solar aguardar 15 minutos e após aplicar o repelente. Não está recomendado o uso combinado de repelente e protetor solar no mesmo produto, pois os protetores solares devem ser reaplicados mais vezes ao dia do que os repelentes.

Medidas de proteção devem se associadas ao uso de repelentes, implementando medidas de barreira física aos insetos, como: Utilizar roupas de mangas longas e meia, utilizar roupas impregnadas de permetrina ou aplicar permetrina nas roupas, aplicação de repelente em loção, spray ou gel na pele exposta, obedecendo o rótulo dos produtos quanto à idade e tempo de aplicação. Insetos picam em todos os horários do dia, por isso é recomendado aplicar repelente quando em atividades externas e na área interna quando os insetos estão no ambiente. Bebês menores de dois meses devem utilizar apenas barreiras físicas como roupas e carrinho com mosquiteiros com elástico.
A orientação é aplicar nas mãos do adulto e depois na pele da criança. Lavar as mãos após aplicação. Remover no banho depois da exposição.  E lembrando sempre que crianças não devem manipular repelentes.

Se a lesão da picada resultar e sintomas intensos deve consultar um médico para conduta individual e de alívio.

E atenção:

Uma outra recomendação da Anvisa é que assim como os cosméticos repelentes, os sanitizadores, que são inseticidas para matar o mosquito adulto ou repelentes para afastar o inseto do ambiente, precisam ter a aprovação do órgãos tanto para a substância ativa, quanto para os componentes complementares, como solubilizantes e conservantes. De acordo com a instituição, não há comprovação de eficácia para produtos de princípio ativo natural, como citronela, andiroba e cravo da índia, por exemplo. O registro junto ao órgão garante a eficiência do produto para enfrentar o mosquito da dengue.

Enquanto a vacina (importada) contra a dengue já está sendo utlilizada pelo SUS, em alguns estados brasileiros e em faixas etárias pré determinadas, o Instituto Butantan também desenvolve uma versão brasileira, que está atualmente em fase de testes e já teve sua eficácia comprovada. Ainda faltam questões regulatórias, que devem ser definidas com o Instituto e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A previsão para a vacina brasileira contra dengue ficar disponível para a população é entre 2025 e 2026.

Testes ajudam na identificação de casos

Os exames são recomendados no caso da presença de sintomas de dengue – que incluem febre (geralmente alta) e dois ou mais dos seguintes sintomas: dor de cabeça, atrás dos olhos, no corpo ou nas articulações; náuseas e vômitos; manchas vermelhas no corpo; cansaço; e coceira.

Em meio ao avanço da dengue no Brasil, a testagem tem sido procurada pelos brasileiros e oferecida pelas prefeituras para identificar e tratar os casos, bem como promover medidas de combate nos locais de registro. Existem diferentes tipos de exames que podem ser utilizados para detectar a doença – e três deles podem ser feitos diretamente em farmácias.
Os testes que pesquisam a presença do vírus da dengue e devem ser realizados do primeiro ao quinto dia de doença são:

PCR viral: pesquisa do material genético da dengue - oferecido em laboratórios

Antígeno NS1: pesquisa de uma proteína produzida pelo vírus da dengue na fase aguda da infecção - oferecido em laboratórios ou em testes rápidos em farmácias

Isolamento viral: uma técnica laboratorial de cultivo do vírus a partir de uma amostra clínica

A partir do sétimo dia, podem ser coletados os exames que pesquisam anticorpos contra a dengue no sangue do paciente. Eles são:

Teste rápido de anticorpos: pesquisam qualquer anticorpo contra a dengue, incluindo IgG e IgM - oferecido em farmácias

Testes laboratoriais de IgM e IgG: pesquisa e diferenciação de anticorpos - oferecido em laboratórios

Hoje, algumas farmácias também já oferecem exames que combinam duas formas, detectando, simultaneamente, os anticorpos IgG e IgM e o antígeno NS1 — para os quatro tipos de vírus da dengue (1, 2, 3 e 4).

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