Estado
Inpe registra aumento no número de focos de queimadas no Pampa
por Redação JM
O número de focos de incêndio registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no bioma Pampa, em 2020, foi o maior da última década. As queimadas verificadas entre fevereiro e maio alcançaram os maiores patamares de toda a série histórica, iniciada em 1998.
Entre janeiro e dezembro do ano passado, o Inpe registrou 1685 focos de incêndio no Pampa, bioma restrito ao Rio Grande do Sul, em solo brasileiro. O número supera em 265 as ocorrências registradas em 2019, e, dentro da série histórica, só é superado pelos registros de 2003, quando 1798 focos foram contabilizados.
O maior número de queimadas foi registrado em agosto. Foram 380. Em junho, o governo federal havia proibido, por decreto, o emprego de fogo em áreas rurais, por um período de 120 dias. Em setembro, foram contabilizados 88 focos, no Pampa, em outro, o número caiu para 67 e reduziu para 45 em novembro. O menor número de focos foi verificado em janeiro, totalizando 25. Em fevereiro foram contabilizados 77 focos.
O Inpe identificou 176 focos em março, 335 em abril e 309 em maio. Até então, o maior número de focos, em fevereiro (62) e em março (163), haviam sido verificados em 204. O maior número de focos, em abril, havia sido contabilizado em 2009 (169), e o maior número para o mês de maio havia sido verificado em 2006 (175).
O monitoramento de queimadas é feito por imagens de satélites. No comparativo com os outros biomas, o Pampa registou o menor número de focos de incêndio. O Inpe detectou 14504 foco na Caatinga, 17513 na Mata Atlântica, 22116 no Pantanal (o maior da série histórica), 63819 no Cerrado e 103161 na Amazônia.