Campo e Negócios
Meteorologia prevê chuvas para dezembro na região
por Jaqueline Muza
Nos primeiros meses de 2020, a falta de chuva deixou vários municípios em situação de emergência e o temor, para ano que vem, é de um novo período de estiagem. O Rio Grande do Sul, por exemplo, está sob risco do fenômeno La Niña, que pode provocar falta de chuvas e seca em todas as regiões do Estado. Porém, mesmo que o Estado ainda esteja sob influência do fenômeno, a meteorologia prevê que dezembro terá períodos de chuva.
De acordo com o meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr), Flávio Varone, os valores mais elevados de chuva deverão se concentrar na faixa norte do Estado. Porém, a região da Campanha deve receber totais significativos, mas ainda abaixo da média histórica. “Os volumes esperados deverão ter melhor distribuição, ao contrário das condições que predominaram em novembro”, disse.
Varone salienta que, para os meses de janeiro e fevereiro de 2021, as previsões são de chuva abaixo da média no Rio Grande do Sul e que a Campanha permanecerá com totais menores em relação ao resto do RS. “No entanto, não são esperadas estiagens prolongadas, semelhantes ao período mais seco do verão passado”, comenta.
O meteorologista informa que as temperaturas terão um comportamento próximo do normal para os meses de verão, mas deverão ocorrer ondas de calor em todas as regiões.
Caso as previsões se confirmem, esta será a segunda estiagem em 2020, pois entre os primeiros meses do ano até abril, devido à falta de chuva, vários municípios da região decretaram situação de emergência em razão dos prejuízos na agricultura. Inclusive, o município de Hulha Negra já estuda a possibilidade de publicar decreto.
Prognóstico climático
Na manhã da sexta-feira passada, a Emater/RS-Ascar promoveu a transmissão virtual do Prognóstico Climático para o Rio Grande do Sul simultaneamente na página do Facebook e canal do Youtube do Rio Grande Rural. O evento foi mediado pelo diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri, com explanação do conteúdo pelo coordenador do 8º Distrito Meteorológico (Disme) do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Solismar Damé Prestes.
Pela análise de Prestes e o prognóstico para os próximos três meses, outubro e novembro representou o período de maior déficit hídrico no Rio Grande do Sul. “Acreditamos que este tenha sido o pior período. Estamos bastante confiantes que vá melhorar as condições para o verão. Claro que não será o ideal para a agricultura, que necessita de chuvas acima da média, mas uma condição mais próxima da média para amenizar as consequências”, mencionou.
De maneira geral, nos próximos três meses, as chuvas estarão por volta de 100 milímetros abaixo da média. “O que em uma situação normal não seria muito significativo, mas como viemos de uma estiagem, não é uma condição muito boa”, reconheceu.