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É falsa informação de que professor da Unipampa seria suspeito de coronavírus em Bagé
Devido às inúmeras solicitações de leitores, o Jornal MINUANO foi conferir se era verdadeira a informação difundida na noite desta quinta-feira, dia 12 de março, de que um professor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) que havia viajado para o México e para a China era suspeito de apresentar sintomas de contágio do coronavírus, o Covid-19.
Segundo apurado, o docente retornou à cidade e procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas). De lá, ao não atender aos requisitos para ser feito o exame, foi orientado a ir para casa e ficar em isolamento, por 7 dias. A situação, é claro, motivou uma série de questionamentos. Mas, afinal, se trata de um caso suspeito ou não? Por quê os exames não foram realizados? Essas e outras perguntas foram encaminhadas ao Jornal MINUANO.
Em resposta aos questionamentos do JM, a coordenadora do Centro de Operações de Emergência em Saúde da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde – criado para centralizar e organizar tudo que envolve o coronavírus, na região da Campanha –, a médica pneumologista Flávia Marzola negou o fato. “Caso suspeito é quem chegou há até 14 dias com febre e sintoma respiratório, de um dos países com circulação viral”, mencionou ela, ao argumentar que não se trata do paciente em questão. “Chegou do México sem febre e sem sintomas respiratórios! Só com coriza! Sintomas de rinite! E esteve na China em janeiro, há mais de 30 dias! Caso suspeito é até 14”, reforçou ela à reportagem.
Segundo Flávia, o diagnóstico do paciente em questão é de um resfriado comum. "E como tanto é orientado a ficar afastado do serviço para preservar sua saúde e das pessoas que têm convívio", resumiu. A profissional aponta, ainda, que o fato da viagem mais recente ter sido para o México reforça a análise preliminar. "É um país não considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como tendo transmissão", frisa.
Por fim, a médica alerta que "não adianta iludirmos o paciente e gerarmos uma expectativa de uma coleta que não terá exame realizado". E complementa: "Como este paciente não tem febre, ele não é suspeito nem de influenza".
"Continuaremos monitorando o caso e estamos à disposição", concluiu a médica.