Cidade
Oficina de implantação do Centro de Desenvolvimento Regional planeja ações e iniciativas
Autoridades acadêmicas e civis, representantes de órgãos, associações e conselhos se reuniram, na tarde de ontem, na segunda oficina de implantação do Centro de Desenvolvimento Regional. O encontro ocorreu no salão de atos da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), instituição parceira do evento com o Centro de Estudos Estratégicos (CGEE), Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (SESU/MEC) e Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede Campanha).
O projeto-piloto no Brasil contempla Bagé, no Rio Grande do Sul, Brasília, Campina Grande, na Paraíba e Itapeva, em São Paulo. A proposta do CDR é formar um programa até o fim de 2018, a partir das experiências que estão sendo propostas nos projetos-pilotos, cuja finalidade principal é apoiar a organização de uma agenda de iniciativas das instituições da base técnico-científica no interesse do desenvolvimento das suas regiões.
Em Bagé, o CDR estará centralizado na Urcamp, onde ocorrerão discussões e planejamento de propostas e projetos para alavancar o desenvolvimento da região.
O desenvolvimento
A abertura da segunda oficina contou com a participação do secretário de educação superior, professor Paulo Barone, que explanou sobre a iniciativa do projeto e o que se pretende alcançar com o trabalho. Barone enfatizou que o país possui um aparato universitário grande, onde professores e estudantes podem desenvolver um papel social cada vez mais importante.
Segundo o professor, Bagé foi um das cidades escolhidas em razão da questão econômica, geográfica e da presença de duas instituições, a Urcamp e a Universidade Federal do Pampa (Unipampa). “É preciso trabalhar para fomentar a ligação entre as instituições e a sociedade, as quais possuem um papel importante”, frisou. Barone destacou, ainda, que a proposta é uma ferramenta aliada ao conhecimento e à formação de recursos humanos, e que o Ministério da Educação escolheu, inicialmente, algumas regiões para o projeto, a fim de servirem de modelo para outras. “Devemos trabalhar com cooperação, sinergia (ação), integração e oferta/demanda. O MEC dará todo o apoio”.
A reitora da Urcamp e presidente do Corede Campanha, Lia Maria Herzer Quintana, falou que se deve trabalhar por meio de um ecossistema – ambiente de desenvolvimento. “O CDR não é da Urcamp. É nosso. Vamos desenvolver o projeto e depende de nós”, disse. Lia também lembrou que o projeto é um dos pilotos e o trabalho deverá ser exitoso para servir de modelo a outras regiões. “Trabalharemos para termos bons frutos. Vamos fazer nossos esforços”, acrescentou.
Alavancar a região
Na cerimônia de abertura da oficina, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), Odir Antônio Dellagostin, colocou-se à disposição e disse que o projeto é uma oportunidade e estratégia para avançar no desenvolvimento regional.
O diretor do CGEE, Antônio Carlos Filgueira Galvão, ressaltou que Bagé tem uma perspectiva concreta para elaborar uma agenda de desenvolvimento da região, por meio de um aparato de ciência, tecnologia e inovação.
Já o prefeito de Lavras do Sul, Sávio Prestes, retratou a realidade do município, bem como de indicadores e dados demográficos, e assinalou sobre a importância do projeto. “Precisamos desenvolver a nossa região. Sinto-me gratificado em fazer parte deste momento pioneiro e histórico”. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação de Bagé, Bayard Pereira, também comentou sobre a proposta. “Uma oportunidade para estabelecer um pacto regional”.
A oficina
O primeiro dia da segunda oficina foi marcado pela apresentação de dados regionais, como indicadores, mapas e sistema, além da apresentação da metodologia de trabalho da oficina. Nesta quarta-feira, 13, a oficina retoma as atividades a partir das 9h, com trabalho dirigido em grupo/definição de projetos, além da sistematização das propostas. O encerramento dos trabalhos está previsto para as 11h.