Cidade
Apresentado projeto-piloto de implementação do Centro de Desenvolvimento Regional
A terça-feira foi marcada pela oficina de implementação do Centro de Desenvolvimento Regional (CDR). O evento aconteceu no salão de atos da Universidade da Região da Campanha (Urcamp) e reuniu representantes de associações, instituições e órgãos, além de prefeitos da região.
A iniciativa faz parte de um projeto-piloto da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC), por meio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), que contemplará, inicialmente, apenas quatro cidades do Brasil, sendo Bagé, Brasília, Campina Grande, na Paraíba, e Itapeva, em São Paulo. A oficina de implantação do CDR, na terça-feira, integrou a Urcamp, Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Conselho Regional de Desenvolvimento da Campanha (Corede Campanha) e Ministério da Educação.
Durante a abertura oficial do evento, o diretor do CGEE, Antônio Carlos Galvão, frisou que a oficina tinha como objetivo discutir estratégias, a partir de diretrizes, para, então, construir a segunda capacitação e trabalhar uma carteira de iniciativas elaboradas, começando pela chancela de alvos. O pró-reitor de Inovação da Universidade Feeevale, professor Cléber Prodanov, destacou que a introdução do centro será importante para o desenvolvimento da região. “O CDR tem que se conectar, dialogar. Haver uma interlocução e manter todos unidos com o Corede para demandar boas propostas alternativas”, disse. Prodanov acompanhará as ações e trabalhos do CDR, auxiliando com o suporte necessário.
O reitor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Marco Antonio Fontoura Hansen, comentou que é necessário unir forças e fazer um trabalho em conjunto, beneficiando todas as áreas, dialogando por meio de pontos temáticos. “Focar para conseguir alavancar o desenvolvimento, a qualificação de recursos humanos. Unir as forças vindas da comunidade, atingindo os objetivos de servir de modelo à toda terra” disse.
Já a reitora da Urcamp e presidente do Corede Campanha, Lia Maria Herzer Quintana, ressaltou que o CDR é de todos. “Não temos solução, mas podemos apontar, por meio de ferramentas alternativas. Temos que construir. Montar um ecossistema no desenvolvimento local e regional”, ponderou.
Prefeitos
O prefeito de Dom Pedrito, Mário Augusto de Freire Gonçalves, relatou sobre o potencial dos municípios da região e a matriz produtiva. Mas, também, comentou sobre as dificuldades da gestão, apontando que o seu mandato está mais próximo das pessoas, discutindo e planejando soluções. “Não vou parar de acreditar no desenvolvimento. Juntos, de mãos dadas, com técnicos que nos acompanham avançaremos”, disse. Já o vice-prefeito de Candiota, Gil Deison Pereira, falou da satisfação de acompanhar a instalação do CDR e da contribuição do município. “A cidade tem contribuição no eixo de desenvolvimento. Precisamos se unir e integrarmos. A região vai crescer muito”, afirmou.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Bayard Paschoa Pereira, representando o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, acrescentou que o Centro de Desenvolvimento Regional é uma nova oportunidade que possibilita novos desafios e trará benefícios para a região.
Como funciona
A proposta do CDR é formar um programa até o fim de 2018, a partir das experiências que estão sendo propostas nos projetos-pilotos, cuja finalidade principal é apoiar a organização de uma agenda de iniciativas das instituições da base técnico-científica no interesse do desenvolvimento das suas regiões.
Além disso, o programa procura atender objetivos como de aumento da competitividade e sustentabilidade das estruturas sociais e econômicas regionais; da melhor apropriação social dos esforços e formação de recursos humanos e investimentos em educação e ciência, tecnologia e inovação e de resultados das atividades de pesquisa e desenvolvimento que assegurem melhoria de qualidade de vida das populações.
O CDR terá sua estrutura centralizada no campus central da Urcamp e será constituído, conforme a CGEE, por uma coordenação, professores e pesquisadores.
A oficina
A explanação do projeto ocorreu durante toda a manhã. de ontem. Já à tarde, os participantes foram divididos em grupos, os quais discutiram algumas questões, como os pontos fortes e fracos da região; quais as prioridades mais significativas para acelerar o desenvolvimento regional e como as instituições de ensino e centros de pesquisa podem contribuir nesse contexto social.
Após as discussões, os relatores dos grupos apresentaram para a plenária os resultados do debate a fim de elencar os alvos que darão o pontapé para a realização de projetos, atendendo as diretrizes que foram elencadas nos grupos de discussão. Entre os eixos debatidos, os grupos elencaram como potencialidade a produção primária, a educação e a energia, entre outros. Já em relação ao papel das instituições, os grupos entenderam que é possível realizar formações empreendedoras e com olhar para questões regionais, além de estimular a execução de projetos de extensão, a iniciação científica, além de outros pontos estratégicos que poderão beneficiar regionalmente a comunidade.
Próximos passos
De acordo com o supervisor do CGEE, o próximo passo, agora, é a sociedade pensar nos resultados apresentados dos grupos para definir os alvos, a fim de discutir os projetos. Uma segunda oficina será realizada para formar o conjunto de iniciativas de propostas. “A partir de agora, todos já estão trabalhando e planejando ações para o desenvolvimento”, completou Antônio Galvão.