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A C.O.R.J.A.

Em 04/05/2024 às 17:10h, por José Carlos Teixeira Giorgis

Quando nasce uma instituição, seus fundadores a ela dirigem os momentos extras de seu dia, oferecendo-se para até desempenhar funções manuais, no afã de levar o sonho adiante, sugerir, desenvolver, como o jardineiro que aduba o canteiro para que nele apenas vicejem as flores mais cheirosas. Tudo é novidade, cada ideia é um compromisso, é preciso amadurecer, participar.

Recordo quando iniciei o magistério no Colégio Estadual, que na época tinha não mais que dois ou três anos. Os professores que não estavam na classe, principalmente os solteiros, ocupavam seus lazeres lá no palacete do Dr. Pedrinho. Ficavam pelas salas, preenchendo ausências, ajudando nas substituições. Era preciso dar prestígio aqui ao primeiro educandário secundário do estado e misto. Muitas vezes, fui “guri de recado” ao professor Petrucci, em sua casa, lá nos fundos da Osório. Quando fizemos o festival de poesia moderna, alguns até viraram marceneiros na construção do palco do salão nobre.

Outro exemplo parecido que acode é o da Faculdade de Direito da FUnBa. Depois das viagens do Carlos Rodolfo e do Piresinho pelo mundo, divulgando um Encontro Internacional do Ensino Jurídico (1972), ainda hoje exemplar e único acontecimento, depois que o Tarcísio, lá de sua sala no Foro, indigitava fulano ou beltrano para tal disciplina, mesmo que ela não fosse ainda ministrada, já representava uma obrigação e um preparo.

Os novos regentes assistiam aulas uns dos outros, os alunos se reuniam nos fins de semana na casa do Abero ou do Edgar Pinto, os mestres até lá iam para completar lições. Um dos festejos anuais que se tornou tradição era o 1º de maio, na Chácara do Sr. Nei Cunha, pai do Arno, ali na saída da Santa Tecla. Era uma reunião de famílias, colegas, funcionários, pais e filhos comungavam de um dia inteiro de preparação e proveito de uma feijoada.

O juiz Mahle não envergonhava em descascar as laranjas; Justino Quintana usava da pá para movimentar o tacho, Tarcísio servia as caipirinhas. As crianças brincavam com os carrinhos e os pôneis, é emotivo hoje olhar-se as fotos delas, agora já casadas e com descendentes. As chamadas Semanas Intensivas fizeram Bagé viver episódios ainda não superados.

De toda a fronteira, e além, chegavam ônibus, os hotéis lotavam, os restaurantes enchiam, as baladas até criaram alguns problemas domésticos (esclareça-se: apenas por irem até tarde). Eram tão constantes os churrascos e coquetéis que nosso grupo - Chico do Couto, Arno, Adair, Fernando Sérgio e este articulista -, que costumava, depois da aula noturna, dar uma “chegada” no Arlindo para o último chope, a criar uma entidade específica para as festas a que se denominou de “Comissão Organizadora de Repastos Jurídicos e Anexos”, a Corja, que, infelizmente, não deixou nem livro de atas, custos ou atividades. Assim, (alguns) assuntos delicados, também os pedagógicos, comentários de jurisprudência dominante ou esquemas de aulas, ficaram sepultados, ali, pelas teclas mágicas do piano do Ivonléu. E pela saudade do que já foi.

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