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Parem o genocídio em Gaza

Em 04/05/2024 às 17:10h, por Luiz Fernando Mainardi

A ação violenta e terrorista do Hamas, praticada em território israelense em 7 de outubro passado, é inaceitável e deve ser repelida com toda a força crítica que podemos ter. O terror nunca é uma solução, ao contrário. A reação desmedida e absolutamente insana do governo de Netanyahu, pelo lado israelense, é, na mesma medida, inaceitável e deve ser criticada por todos os que se considerem humanistas. Bombardear de forma indiscriminada qualquer território é um ato irracional que beira a bestialidade.

A morte e a destruição não devem ser medidas a partir de réguas quantitativas. Qualquer morte injusta, principalmente de inocentes que não decidiram se envolver em qualquer conflito, é moralmente condenável. Quando esses inocentes, são, em sua maioria, crianças e adolescentes e as mortes passam a ser contadas aos milhares, a ação configura algo que a humanidade passou a chamar, na era moderna, de genocídio, prática deliberada de um Estado para extinguir um povo considerado hostil.

Dezenas de analistas já disseram, e eu concordo, que é impossível compreender os acontecimentos recentes em Gaza sem contextualizá-los no processo de divisão da Palestina, protagonizada pela ONU na sequência imediata da segunda grande guerra, e seus desdobramentos posteriores. Compreender não é aceitá-los como naturais ou normais, enfatizo.

Os fatos recentes demonstram que as feridas abertas naquele momento não fecharam, pelo contrário, continuam abertas e sangrando. Em Gaza, um território menor do que Porto Alegre, encontram-se milhares de palestinos que foram obrigados a deixar suas casas durante a Nakba, palavra árabe que significa catástrofe e denomina a migração forçada de quase um milhão de palestinos durante a instalação do Estado judeu.

Esses palestinos, em torno de dois milhões e meio neste momento, vivem, desde muito tempo, em um lugar considerado por vários analistas de política internacional como a maior prisão a céu aberto do mundo, sem condições adequadas para o seu desenvolvimento como povo e como nação, uma situação, evidentemente, inaceitável para qualquer um que tenha algum brio e geradora de todo o tipo de extremismos.

Não será possível fechar essas feridas sem uma solução que seja justa e sustentável para ambos os povos. Neste momento, a única solução é a constituição de dois Estados, com garantias de autonomia e segurança para Israel e Palestina. O governo israelense, entretanto, age no sentido contrário disso e impede que o diálogo volte a se afirmar como o único caminho possível para a paz. É tão absurda a política de Netanyahu, que, conforme informações de analistas, inclusive analistas judeus, ele incentivou o fortalecimento do próprio Hamas, facilitando o financiamento do grupo, com o objetivo de enfraquecer a Autoridade Palestina e minar os fundamentos do acordo de paz firmados em Oslo, que praticamente já não existem.

Na Cisjordânia, por exemplo, onde vivem outros três milhões de palestinos e o Hamas não existe, a violência do Estado israelense continua se perpetrando através de ações militares e civis, protagonizadas pelo exército israelense, por comandos especiais e até por colonos civis israelenses, moradores de colônias ilegais perante a Lei internacional, mas que obtém suporte governamental para se instalarem ali, mantendo um cotidiano de humilhações e perdas para o povo palestino originário.

O cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns em poder do Hamas são as únicas medidas que podem abrir um caminho de diálogo e de racionalidade capaz de construir uma solução de curto, médio e longo prazo para a região. Essa é uma exigência de todas as nações do mundo, até mesmo, mais recentemente, dos Estados Unidos, único Estado parceiro incondicional de Israel, que, cada vez mais, torna-se, por conta de seus sucessivos governos de extrema-direita, uma nação pária internacional, que muitos temem, mas ninguém respeita.

O governo israelense deve suspender, também, sua tentativa de internalizar o conflito em outras nações, como o Brasil. Aqui não estamos em guerra e judeus e palestinos convivem em paz e assim devem se manter. A politização do conflito promovida pelo embaixador israelense, através de encontros com deputados bolsonaristas e o próprio Bolsonaro, é inaceitável. Perdeu completamente sua legitimidade de interlocutor confiável e deveria ser substituído.

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