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Filosofia, ainda

Em 04/05/2024 às 15:17h, por José Carlos Teixeira Giorgis

Nos idos de oitenta, após se inativar como juiz do trabalho, Clóvis Assumpção veio residir em Bagé. Coproprietário com sua irmã Mariinha de um edifício central, além do apartamento em que morava, Clóvis destinou outro para expor sua pinacoteca e organizar reuniões literárias. Ali participei da fundação de um grupo de simpatizantes dos estudos filosóficos. Na relação das obras escritas, Clóvis intentava promover um levantamento da filosofia no Rio Grande, tendo já publicado “Astrolábio 1972-1973.Diário de um filósofo”, e “Dimensão do Heroísmo. Antropologia Filosófica”, além de numerosos livros de poemas, crítica, direito, etc.

Ao relacionar intelectuais bajeenses, refere o importante núcleo de positivistas que se reunia no histórico prédio da família Cantera, formado por Domingos Pinto Figueiredo de Mascarenhas, Veríssimo Dias de Castro, Cap. João A.de Oliveira Valle, Cap. Maurício Antonio de Lemos, Vicente Lucas de Lima e J. Lucas de Lima. É importante sublinhar que essas pessoas constam da obra clássica de Ivan Lins sobre o positivismo no Brasil. Clóvis acrescenta ainda Gaspar Silveira Martins, Pedro Osório e até o Dr. Pena, como representantes também do pensamento local.

Uma das singularidades do autor é o acréscimo de Francisco Valdomiro Lorenz, “modesto professor primário do começo do século em atividade no interior do município de Camaquã”, que na sua humilde obscuridade, era versado em hebraico e deixou contribuição em temas esotéricos, especialmente a Cabala, mas também era um místico, poliglota, filólogo.

Nas mesmas páginas, Clóvis faz algumas considerações sobre Venâncio Pastorini, “filósofo popular” que conheceu como odiado, vilipendiado e desprezado, cuja preocupação era “arrasar, jamais poderia com sinceridade ser amável, convencional e apropriado”. Mas que era homem simples “e com simplicidade passou toda a sua vida”.

Em outros trechos de seu diário Clóvis inclui entre os filósofos mais recentes Félix Contreiras Rodrigues e Attila Taborda, tendo sido aluno de ambos. Ressalta a grande atividade filosófica do primeiro, concretizada em numerosas publicações, mantendo sempre em linha de sobriedade, afastada de qualquer promoção pessoal.

Sobre Attila Taborda, além de elogiar o grande trabalho comunitário com a criação da Vila Vicentina, em cujo discurso de lançamento da pedra fundamental e inauguração dos primeiros apartamentos expôs o conteúdo de sua filosofia, também a manifesta na publicação “Leão XIII, Karl Marx e o problema social” e no livro “A Origem da Vida em nosso planeta à luz da biologia moderna”, onde o filósofo debate assuntos instigantes como a existência da vida, o humanismo de Heckel, geração espontânea, e outros.

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