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Diones Franchi

  • Jornalista e Mestre em História

Imba: Instituto Municipal de Belas Artes

Em 04/05/2024 às 17:10h, por Diones Franchi

A música sempre fez parte da história de Bagé, sendo que os primeiros registros de aulas foram em 1862, através do curso de Piano e Canto ministrado pelo professor Gesuíno José Tavares. Após isso, os concertos realizados na cidade levavam um maior público do que outras manifestações culturais. E assim surgia a ideia da criação de um Instituto Musical, idealizado pelo uruguaio Henrique Calderon de La Barca.

O primeiro Conservatório Musical de Bagé foi inaugurado em 5 de abril de 1904, durante o governo de José Octávio Gonçalves, através do ato Municipal nº 64/1904, que autorizava a instalação e funcionamento da instituição de Bagé, localizado primeiramente em umas das salas da Intendência Municipal, hoje Prefeitura. O ensino estrutural da instituição previa o ensino metódico, compreendendo teoria e prática da música, vocalização e instrumentalização. Os primeiros cursos oferecidos foram violino, bandolim, violão, flauta, oboé, piano, canto e solfejo.

Em 1921, surgia a Academia Musical, que teve um período curto de atividade no município. Em 10 de abril daquele ano, é inaugurado um novo conservatório denominado “Escola Musical de Bagé”, o que é hoje o “IMBA”, no governo de Tupy Silveira. Nele, eram exercidos os cursos de instrumental de Piano e outro Elementar e Teórico Prático de Música, com a participação dos professores musicais Guilherme Fontainha e José Corsi, tendo como sede provisória o Clube Caixeiral.

O Conservatório de Música foi o primeiro a ser criado pelo Centro de Cultura Artística do Rio Grande do Sul. Sua primeira diretora foi à professora Vicentina Felizardo Ferreira. Da sede provisória no Clube Caixeiral, a escola passou para o prédio da Avenida Sete de Setembro (Radio Cultura), e a seguir para esquina da Tupy Silveira e Félix da Cunha (Esquina próximo a Escola Estadual Carlos Kluwe) e finalmente para o atual prédio, o Solar da Sociedade Espanhola.

A diretora Vicentina foi substituída por sua filha, Célia Felizardo Ferreira e, após, por Jandyra Pereira Nunes. Em 1926, assumiu a direção a professora Rita Jobim de Vasconcellos, se tornando a principal referência musical da cidade e da instituição. Ao assumir a direção, Rita indicou mudanças, tais como aulas de Violino e Canto, sendo que muitos professores eram de Porto Alegre.

Em 1927, a escola foi oficializada pelo Intendente Carlos Mangabeira, passando a se chamar oficialmente Conservatório de Música de Bagé. Nessa época, outras instituições foram inauguradas, mas apenas o Conservatório de Música se manteve. Rita também realizou o seu desejo de trocar de prédio para uma maior comodidade. Foi então que, em 1937, o prefeito Luiz Mércio Teixeira elevou o conservatório à categoria de Instituto Municipal, passando a instituição a ocupar definitivamente o Solar da Sociedade Espanhola, antes ocupado pelo Clube Comercial.

Neste mesmo ano foi criada a Escola de Artes, como Departamento desse Instituto, tendo como objetivo o desenho e a pintura. Assim foram surgindo outros cursos no Instituto, tais como Ginástica Rítmica, Balé, Declamação, Pedagogia Musical, Orfeão, Acordeão e Física (Acústica e Biologia Aplicada à música). O objetivo de Rita era fazer do Instituto, um curso de ensino Superior. Dessa forma, em 2 de julho de 1964, a escola foi reconhecida pelo Governo Federal como curso de Ensino Superior, recebendo a atual denominação de Instituto Municipal de Belas Artes “Professora Rita Jobim de Vasconcellos”. Após a nova denominação do instituto, a professora Rita faleceu em 24 de setembro de 1964.

Um fato é que Rita também é a primeira diretora do IMBA, nas dependências do Solar da Sociedade Espanhola. O IMBA passou a categoria de Curso Superior com os cursos de Violino, Canto, Piano e Artes Visuais e mais tarde o curso de Acordeão reconhecido em 1974. Em 1969, a distinção de curso superior de música passou para a Fundação Attila Taborda – FunBA – Urcamp, sendo depois encerrado.

O IMBA foi o quarto conservatório de música fundado no Rio Grande do Sul, mas em atividade pode ser considerado como a segunda escola de música mais antiga do Brasil, ficando atrás apenas da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, antigo Imperial Conservatório de Música. Atualmente, o IMBA é mantido pela Prefeitura Municipal de Bagé, através da Secretaria de Cultura, com o apoio dos Amigos do IMBA (Amimba).

Fontes:

FAGUNDES, Elisabeth Macedo de. Inventario Cultural de Bagé, 2012
HERBSTRITH, Cristiane de Almeida. Memórias da Dança no Instituto Municipal de Belas Artes – IMBA. UFPEL, 2015
LEMIESZEK, Cláudio Leão –Bagé – Relatos de sua História, 1997

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