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As memórias do Muza

Em 04/05/2024 às 17:10h, por José Carlos Teixeira Giorgis

Os sírios e libaneses, então conhecidos como “turcos”, chegaram a Bagé em fins do século XIX. Em regra, são pessoas afáveis, leais, alegres, solidárias, cuja maioria aqui se dedicou ao comércio ou à mercância. A cidade muito lhes deve.

No ginásio, Elias Abip Muza foi colega. Achei uma foto em que, de uniforme e talabarte, com árvores e teatro ao fundo, estamos no pátio do Colégio Auxiliadora, integrando a diretoria da Juventude Estudantil Católica, junto com Luiz Alberto e Paulo José Gómez de Souza, Tancredo Blanco, Eloy Genovese, Rui Collares e outros saudosos companheiros.

Já Edgar e Hélio Muza conheci depois, o primeiro pelo convívio no rádio, o segundo por dirigente do Guarany. Como Edgar já é uma lenda, dispenso biografia. Há tempos ele anunciava um livro com episódios de sua rica existência. Revelaria um episódio que não me era conhecido. Quando lhe indagava, retrucava que “o Eron ainda não revisou”, mas agora, durante essa convalescença, chega uma encomenda enviada pelo caro Zé Dias. Era o escrito. Que li numa sentada pelo conteúdo, interesse e curiosidade. Desde já concluo: os fatos constituem apenas um capítulo (rádio), deve vir obrigatoriamente outra obra com os suplementos (futebol, turfe, carnaval, samba e mais, ou seja, uma enciclopédia) que são também suportes relevantes, onde o Edgar deixou sua marca (mãos à obra, Muza). Acrescento um.

Era presidente do Guarany (1969, que coincidência, ganhou-se um Ascenso também naquele ano!). Tive parceiros exemplares na diretoria, embora as dificuldades de sempre. Em certo mês, visitou o clube o presidente da Federação, Rubens Hofmeister. Coquetéis, jantares. Até que ele pediu para examinar “os livros da contabilidade”. Busca e problema, embora nada se devesse, o livro estava em “virginal branco”. Correria, desculpas. Compromisso em mandar para Porto Alegre. Era preciso uma medida cirúrgica.

Ora, havia sido advogado do Muza numa pendenga que ele teve com a filial da Caixa Estadual do Povo Novo. E mais, detinha a tradição libanesa de bons guarda-livros. Fiz a convocação para ajudar na solução do problema. Em resumo: durante uns dois dias, no feudo dos Muza, na Rua Borges de Medeiros, com a Noemy se desdobrando nos quibes (e muita cerveja), aconteceu algo surpreendente e raro: na sacola de documentos que levei, tinha mais “saída” que “entrada”, ou seja, encontraram-se “mais pagamentos” que “ingressos ou receitas”, tanto que para chegar no zero a zero remeteu-se ao lixo muitos haveres.

O Guarany, depois, recebeu muitos elogios da Federação pelo “equilíbrio” na gestão das finanças. Tinha que fazer uma retribuição ao esotérico artífice das contas. Ora, o clube havia excursionado à Argentina, e, para variar, tinha tomado um “espeto” do empresário Scalzione, que nos “indenizou” com uma..."promissória argentina”! Emocionado, e grato, “paguei” o Edgar Muza com a promissória, cuja foto pedi para colocar no Memorial alvirrubro. Ele é um “honoris causa” índio. Grande Muza.

* Nesta etapa de distância e restabelecimento, às escondidas, Caronte movimentou sua Barca levando as almas de melhores amigos, de pessoas que aprecio, de colegas e até filhos e pais de entes queridos para o passeio definitivo nos prometidos campos verdejantes da eternidade. Embora ausente, reitero os sentimentos de solidariedade e consolo também desconsolado com a dolorosa ação do Barqueiro do Rio Estige.

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