MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

O levante dos bichos

Em 04/05/2024 às 17:10h, por José Carlos Teixeira Giorgis
O levante dos bichos | José Carlos Teixeira Giorgis | Colunistas | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Reprodução /JM

 

O problema do leitor acostumado a demolir bibliotecas acontece, passados anos, quando sente vontade de reler uma obra que envelhece na estante. Dúvida atroz, obedecer aos recomendados ou reabrir o clássico de que não se recorda? Isso aconteceu, mas em aeroporto, onde sou abalroado pela capa de “A Fazenda dos Animais” – também “Revolução dos Bichos”- de George Orwell, que me encantara há quase 50 anos.

Pensei comigo: o voo leva duas horas, porque não comprá-lo? Sim, comprei-o, outro tradutor, gostara do enredo. Depois da reza e quando o avião passou os dez mil pés, enquanto a maioria abria celulares e tabletes, alguns recostavam bocejando, o “Senhor Jones, da Fazenda Herdade, tinha trancado os galinheiros à noite, mas estava bêbado demais para lembrar-se de também fechar as portinholas”. E passei a sentir a mesma reação que os leitores de 1945. Espanto. Estranheza. Admiração. Tantos anos e a publicação continua desconcertante, intertextual e polimorfa, dizem os cultos, pois cuida sobre a existência e limitações humanas. “O homem, diz Orwell, é a única criatura que consome sem produzir. Ele não dá leite, não deposita ovos, é fraco para puxar o arado e lento para pegar os coelhos. Ele os coloca para trabalhar, ele dá a eles apena o mínimo, de modo a evitar que passem fome, o restante ele mantém para si”.

Na fazenda, as personagens são os porcos, ovelhas, cavalos, vacas, galinhas. Ou seja, metáforas daqueles animais, de personalidades, de governantes. Domina o entendimento que ali há uma censura ao totalitarismo e ao movimento comunista que eclodira em 1917. Identificam-se alguns pela conduta, os porcos (Marx/Lenin), Napoleão (Stalin), Bola de Neve (Trotsky); as ovelhas, a massa ignara; os cavalos que só laboram com anteolhos (trabalhador explorado); as galinhas (o povo sem rumo); o burro empacado (o mundo); os cães (os seguidores fiéis e cegos), etc.

Desta “fábula satírica” resultou um mandamento fundamental: “Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que os outros”. Ou o dito de Bola de Neve: “Quatro patas, bom; duas patas, ruim”. Assim como em “1984”, Orwell continua atual.

Galeria de Imagens
Leia Também...
Uma publicação exemplar (Parte 1) Anteontem por José Carlos Teixeira Giorgis
Quem é responsável pela reparação do boleto falso? Ontem por Vilmar Pina Dias Júnior
As madeleines Ontem por José Carlos Teixeira Giorgis
Dois Peraus Ontem por Guilherme Collares
Minuano, o início Ontem por José Carlos Teixeira Giorgis
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br