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A mística do trem

Em 04/05/2024 às 17:10h, por José Carlos Teixeira Giorgis

Em 18 de novembro de 1911, o Guarany adquire o terreno onde construiu o então Estádio da Estrela D’Alva. E edifica o histórico pavilhão de madeira com recursos dos simpatizantes, meu pai contava. A primeira partida acontece em 13 de junho de 1915, triunfo sobre o Carlos Gomes, 2 a 1, gols de Nenito Marques e Ernesto Médici Sobrinho, de pênalti.

Foto Acervo Arquivo Municipal. Doação Sérgio Galvão.

O campo vizinhava com as “Caieiras”, antes de Nocchi e Cachapuz, empresa que, em 1952, auxiliaria na compra e instalação dos refletores. As Caieiras, quando eu menino, eram de Ghisolphi & Baldi. E, presidente, “sonhei comprar” o terreno delas para ali instalar o clube social do bairro, com sede, piscinas e quadras. Sonho louco. Hoje é habitado por edifícios.

O simbólico pavilhão dos sócios rugia nos jogos. Dele se ouviam os exercícios no vestiário abaixo onde os atletas aqueciam e depois ingressavam no gramado, através de uma cancela, que Valenciano pulou, certa vez, com um curativo na testa quando se dizia que não ia atuar no Ba-Gua. Além de “bater os pés” na madeira, quando o time saudava, também repicavam quando o trem passava. É que depois das Caieiras haviam trilhos para os “trens de carreira”, que chegavam depois das quatro.

Quando o Guarany estava perdendo, a torcida murmurava “falta o trem, ainda falta o trem, vamos empatar, vamos ganhar”, era a reza de esperança, que deu muito resultado. E lá pelas cinco horas o trem apitava na “Curva do 21”.

Quadro de Ivan Soares. Acervo do Autor.

E vinha, e vinha, resfolegando fumaça, as rodas rangendo, apitando, apitando. A torcida batia os pés no pavilhão e gritava, urrava, “vamos, vamos Guarany”. E não mais que de repente a bola vermelha violentava as redes. No fim o sorriso, o domingo salvo. Mais uma vitória alvirrubra.

 

 

 

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